quinta-feira, 17 de abril de 2008

PÉ NO FREIO


Se você perguntar a qualquer adolescente qual a primeira coisa que irá fazer ao completar 18 anos, vai ouvir em alto e bom som: Tirar a carteira de motorista para dirigir um carro! Podemos dizer que ter um automóvel é o sonho de consumo da maioria da população. Ter um carro hoje em dia não é mais sinônimo de status e nem um sonho distante, pois as facilidades de compra são grandes. Com isso o volume de veículos nas ruas de Belo Horizonte multiplicou e as complicações também.

O empresário Rodrigo Delucca de 38 anos dirige a 27 anos, isso mesmo ele começou a dirigir com 11 anos. “Minha mãe tinha uma Brasília, que eu ficava brincando de tirar e colocar na garagem sem ela ver. Depois comecei a dar voltinhas no quarteirão, até ela descobrir e ficar muito brava comigo”, lembra. Segundo Rodrigo dirigir antigamente era um prazer, pois não havia tantos carros e nem o stress de hoje. “O grande problema é que os carros aumentaram e a necessidade do ser humano de locomover também, mas as ruas continuam as mesmas, com o mesmo tamanho e comportando a mesma quantidade de veículos.”, afirma.

Rodrigo afirma que adora andar de carro, mas que muitas vezes deixa de ir a determinado lugar com preguiça do
trânsito de Belo Horizonte. Ainda segundo ele o maior drama são os carros velhos e danificados que circulam pelas ruas. “Os carros não agüentam rodar mais, ficam apenas empatando o trânsito. Fico muito estressado!”, diz.

O empresário disse que morou um ano em São Paulo e enfrentava diariamente o transito com todos os engarrafamentos que tem. “Mesmo com todo o engarrafamento São Paulo é melhor do que Belo Horizonte para andar, pois as pessoas respeitam a sinalização de mudança de faixa.”, relata. Para Rodrigo não vai demorar muito o
rodízio de placas de São Paulo ser implantado em Belo Horizonte, o volume de carros tende a crescer mais ainda. “Espero que o rodízio consiga organizar o caos que está se tornando dirigir, pois caso contrário vamos todos terminar loucos!”
Escute um trecho da entrevista com Rodrigo

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Música fenomenal

Black eyed peace - Pump it

Um jornalista-escritor


“A batalha hoje é contra a ignorância e conhecimento. A política serve para manter este país nas trevas.”, afirma o jornalista-escrito Domingos Meireles, na palestra ministrada na abertura das comemorações do Centenário da Academia Mineira de Letras, na última quinta-feira à noite, dia 03 de abril.

O jornalista-escritor abriu o evento apresentando seu último livre: “1930 – órfãos da Revolução”, que foi lançado em dezembro de 2005 e está na terceira edição. Neste livro aprofundou a técnica já utilizada no primeiro livro. O fato é contado através do que os jornais reportaram na época. Depois, o jornalista narra o mesmo fato segundo perspectiva da política e como os policiais reproduziram aos seus chefes. Por último, o ponto de vista de políticos é apresentado. “É muito interessantes como cada lado conta uma história diferente.”, disse Domingos Meireles.

Além deste livro Meireles publicou em 1995 “As noites das grandes fogueiras”, inspirado na marcha revolucionária de Luís Carlos Prestes. Domingos Meireles trabalhava vendendo máquinas de escrever, até que resolveu trabalhar em um jornal para protestar contra o Golpe de Estado que instituiu no período de 24 anos de Ditadura Militar. Ao longo dos 21 anos de profissão ganhou alguns prêmios, tais como: Esso, edição especial Amazônia na Revista Realidades, em 1972, Wladimir Gerzog, em 1982 e 1992 e o Rei da Espanha de Televisão, em 1993.

O jornalista apresenta hoje o programa Linha Direta na Rede Globo, mas antes de ingressar na Globo, trabalhou no Estado de São Paulo, no antigo Jornal da Tarde e no Sites Brasileiro de Televisão – SBT, mas por causa de uma previsão de sua taróloga, voltou à TV Globo. Ficou “encostado” cerca de 2 anos na Globo, antes de começar a apresentar o Linha Direta e durante este período escreveu o seu segundo livro. Ao longo dos anos de profissão, Meireles diz que a imparcialidade é conto da carochinha e que os jornais têm interesses bem determinados. “As grandes batalhas são travadas dentro da redação. Repórter para sobreviver, em que ser um combatente.”, afirma o jornalista.

No que se refere ao jornalismo, Meireles diz que o curso de jornalismo não é qualificado e por isso, também não qualifica o estudante para a atividade. Por isso, indica, além de muita leitura, o desenvolvimento de outras capacidades: a escrita e a computação gráfica. “Acho os cursos muito ruins porque são ocupados por jornalistas que se formam e não conseguem entrar no mercado. Então, fazem um mestrado e começam a lecionar. Além disso, as faculdades estão virando cursos técnicos. “ finaliza Domingos Meireles.